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ABED 2005

UM blog NÃO oficial do 12º congresso da ABED, por Wilson Azevedo.



28.9.05

Convergência da mídia, democracia e justiça social na educação a distância.

O texto abaixo foi postado pelo próprio prof. Roberto Aparici entre os comentários à nota "Slides da palestra do prof. Marco Silva.
Wilson Azevedo



"Na Abed eu falei sobre temas de máxima urgencia que nao gostaram a muita gente da propria organizaçao. Um espiritu livre nunca vai ser um escravo estiver onde estiver

Eu falei sobre:

1.- a nova forma de colonizaçao, os estragos do ex presidente de seu pais que vendiou seu pais a Espanha, Portugal, França, Italia, USA, etc. com a venda da telefonia, bancos, etc

Neste ponto falei que agora o Banco Mundial tem como paises alvos para venda de pacotes de ensino a distancia: Brasil, México, Chile, Argentina e Colombia e que o Brasil é o pais mais interesantes para fazer esta venda.

Muitas universidades europeas e americanas com a complicidade dos empresarios locais do Brasil estao procurando que isto aconteça muito pronto.


2.- A necessidade de recuperar o espiritu da educaçao a distancia como universidade para a segunda oportunidade de ensino e nao como uma universidade de segunda.


3.- A necessidade de desenvolver uma educaçao a distancia de qualidade que procure algo mais que um negocio como esta acontecendo agora mesmo. Tbm eu fez uma sugestao a propria Abed para o futuro que tem que pensar am alguns deste pontos que eu estava desenvolvendo.


4.- Criticas ao sistema empresarial de e-learning frente ao modelo de educaçao como servicio.


5.- A necessidade de uma educaçao de qualidade que seja para todas as clases sociais e nao criar um sistema de educaçao a distancia de pesima qualidade apra as clases C, D e E.



Depois de fazer a introduçao socioplitica sobre o tema comecei a falar sobre a convergencia da midia e o design do século pasado que usam as maiorias dos sistemas de educaçao a distancia e e-learning.

Nesta segunda parte mostrei exemplos sobre as novas interfaces e a nececesidade do uso da midia no design para desenvolver conteudos.

Alem, falei sobre os modelos de comunicaçao e a teorias behavoristas de ensino que usam as maiorias de instituçoes de educaçao a distancia, nesta clasificaçao eu fez uma critica aos projetos de minha propria universidade que trabalham nessa linha de pesquisa como estao façendo quase todas: desenvolver aprendizagem para o século pasado.

Falei sobre a necessidade da convergencia da midia com a interatividade os ambientes virtuais de aprendizagem e a necessidade de definir um novo mediador. Nao podemos falar de interatividade e ao mesmo tempo falar de tutorias com o sentido clásico que tem essa palabra.


Roberto Aparici"



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27.9.05

Trabalhos científicos apresentados no congresso

O conteúdo completo dos trabalhos científicos apresentados no congresso da ABED pode ser acessado diretamente no site da ABED em http://www.abed.org.br/congresso2005/por/trabalhos22.htm.



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22.9.05

Promoção termina sexta, dia 23!

Termina nesta sexta-feira, dia 23, o prazo para inscrição com desconto promocional nos Grupos de Estudos (básico e avançado) sobre Educação Online que a Aquifolium Educacional está promovendo e que coordenarei, entre 3 de outubro e 23 de dezembro. Se você tem interesse em participar não deixe para depois: inscreva-se já!

Mais informações e inscrições AQUI.




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10 Anos de Internet e Educacao Online no Brasil: meu ponto-de-vista

O tempo acabou sendo curto para a sessão do final da tarde do dia 21.
Limites do presencial/síncrono. Não pude colocar minha contribuição
sobre este tema. Então, ao fim da sessão, propus: a gente continua no
virtual. Creio que isto dá um pouco o tom do que eu pretendia falar.

Gostei do que colocou Julio Miranda na sessão plenária de terça: somos
imigrantes digitais. Mesmo sem sair do lugar, migramos de um mundo
analógico e síncrono para um mundo digital e multissíncrono. E estamos
em processo de migração, ainda conquistando nossa cidadania neste novo
mundo. Isto ajuda a entender os 10 anos passados e a perceber melhor o
que se mostra no horizonte dos próximos 10 anos.

Nestes 10 anos passados Educação Online deixou de ser algo quase que
completamente desconhecido para a sociedade. Formadores de opinião já
ouviram falar dela e uma parcela ainda pequena, porém nada desprezível,
já teve algum contato com isto. Em 10 anos saímos praticamente do zero
para algum lugar que ainda é o início da viagem.

Uma das conseqüências disto é a redução do espaço para o preconceito.
Todo preconceito se alimenta de uma profunda ignorância. A experiência
social com Educação Online cresceu desde quando a Embratel inaugurou seu
backbone dando início a uma nova fase da história das comunicações no
país. A gigantesca ignorância que nossa sociedade tinha acerca de EaD se
reduziu - pouca coisa, é verdade, mas é inegável que diminuiu. Hoje
mais gente esclarecida sabe que esta é uma forma não somente legítima
mas sobretudo eficaz de aprender. Ficou um pouco menos fácil sustentar o
preconceito pois menos gente hoje ignora isto.

Mas há ainda uma estrada longa pela frente. Mesmo nas camadas de mais
alto poder aquisitivo, na qual mais de 80% das pessoas dispõem de acesso
à Internet, talvez não mais do que 5% tiveram alguma experiência, direta
ou indireta (isto é, acompanhando familiares ou amigos que faziam cursos
online), com Educação Online. A Internet sim cresceu fantasticamente e
hoje não é ignorada socialmente, nem mesmo pelos que não têm acesso. Mas
Educação Online ainda é coisa para poucos. Os próximos 10 anos vão
provavelmente mudar este cenário. Se os programas que hoje estão sendo
lançados e os já em funcionamento atingirem suas metas, estaremos
falando de milhões de pessoas que já terão passado por um curso online
nas mais diversas áreas de conhecimento e níveis de ensino.

Mas este novo cenário não vai acontecer gratuita e automaticamente. Para
que isto aconteça vamos precisar reduzir o preconceito contra a EaD que
ainda temos - e não estou falando apenas do preconceito que os outros
têm. Estou falando do nosso preconceito, nós que hoje trabalhamos com
Educação Online e que ainda estamos conquistando nossa cidadania no
mundo digital. Ainda me impressiona que uma associação de Educação a
Distância promova um congresso exclusivamente presencial no qual todos
concordamos que a educação caminha a passos largos para deixar de ser
exclusivamente presencial. É muito curioso que educadores a distância
não promovam atividades a distância, não-presenciais e assíncronas
quando realizam seus congressos. Não posso deixar de supor que isto se
deve a um resíduo de preconceito contra a EaD que ainda sustentamos
dentro de nós mesmos, nós educadores que trabalhamos nesta área. No
fundo continuamos acreditando que EaD é uma coisa boa para os outros.
Falta acreditar mais que é para nós mesmos, inclusive para nossos
congressos.

No horizonte dos próximos 10 anos eu nos vejo fazendo mais disto aqui
que estamos fazendo, eu e você, neste exato momento: momentos
assíncronos, a distância, online de um congresso que todos entendem ser
semipresencial, que não começa e não termina com cerimônias presenciais
separadas por apenas 3 ou 4 dias, que, tal como o ensino em geral daqui
a 10 anos, terá momentos presenciais síncronos e momentos
não-presenciais assíncronos. Neste momento poucos entendem e visualizam
um congresso desta forma. Daqui a 10 anos eu espero que poucos consigam
imaginar ser razoável ou aceitável fazer um congresso exclusiva,
absoluta e totalmente presencial de Educação a Distância.

OBS: Redijo este post a bordo do avião que me leva de volta a Natal e
devo enviá-lo a partir e uma conexão móvel na minha próxima escala, no
Rio de Janeiro.



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Como foi realizada esta cobertura do congresso

Não somente para matar a curiosidade de alguns, mas principalmente para
incentivar outros a fazerem isto que fiz nestes 4 dias, desde domingo,
vou descrever um pouco dos recursos utilizados para manter este blog
atualizado.

No domingo utilizei uma conexão móvel, escrevendo num palmtop ligado a
um teclado dobrável (meu "kit de viagem", como costumo chamá-lo), pois
estávamos no hotel Jurerê Beach e eu não sabia que era possível utilizar
a conexão Wi-Fi que lá havia.

Já no ambiente do congresso pudemos usufruir de 2 hotspots de livre
acesso colocados no auditório principal e na área reservada à feira
Muitos posts foram redigidos no meu notebook no auditório, no exato
instante em que as palestras eram feitas, e envidos segundos após seu
término. Mesmo quando eu estava presidindo a mesa da sessão plenária de
terça, pude fazer isto, graças às facilidades oferecidas por esta forma
de acesso. Outros posts foram redigidos a partir do stand da iSat, que
oferecia um banco e tomadas para a gente sentar e usar. Aos amigos da
iSat, muito obrigado. Aliás, a iSat fez uma coisa bastante inteligente
que a fez se destacar no conjunto dos expositores na feira: ofereceu
serviços aos participantes do congresso. O banco, as tomadas, o espaço
para lançamento de livros, tudo isto fez com que muita gente circulasse
pelo stand da iSat. Fica então aí a dica para quem for montar stands em
feiras: ofereçam serviços que o público de congressos precisa e vejam o
reflexo disto na divulgação de sua marca.

Apesar de eu ter esquecido o cabo da minha máquina fotográfica, pude
ilustrar esta cobertura com fotos gentilmente cedidas pelo prof. Gilmar,
da Universidade do Contestado, a quem publicamente também agradeço.

Contei também com a gentileza dos preletores que cederam seus arquivos
com slides de suas palestras. Ainda não perdi as esperanças de obter os
arquivos de outros preletores. Assim que os tiver disponibilizarei aqui.

E, finalmente, foi muito bom perceber pelos comentários postados aqui
que este blog estava (e ainda está) sendo acompanhado diariamente por
muita gente. O congresso termina hoje. Não estou mais lá para contar o
que está acontecendo neste momento. Mas o registro aqui publicado fica.




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21.9.05

10 Anos de Internet e Educação Online no Brasil

Terminou entre lágrimas a mesa sobre 10 anos de Educação Online no Brasil. Primeiramente falou o Moran, contando sua trajetória e as perspectivas de maior flexibilidade que ele percebe quando olha para os próximos 10 anos. Em depoimento gravado Monica Ramos, da Unifesp virtual, o campus virtual da Unifesp, contou as realizações até aqui e lançando um olhar para o futuro da educação em saúde pela Internet. E culminou com uma fala descontraída e emocionada do Vianney, lembrando as promessas e sonhos de uma certa forma ainda não alcançados, e uma perspectiva mais modesta e menos deslumbrada para o futuro da EaD online no Brasil. Suas lágrimas no final mostraram o quanto isto mexe com a gente que vive este momento e viveu os últimos anos todo este desenvolvimento até aqui.

O tempo acabou sendo curto e eu mesmo não pude colocar minha fala. Mas não tem importância. Vou ainda escrever ou gravar algo e postar aqui. Deixo, porém, o registro da fala da Mônica e de Antonio Ritto, autor do primeiro livro publicado em português sobre Educação Online - "A caminho da escola virtual", de 1995.

- depoimento de Monica Ramos

- depoimento do prof. Ritto



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Lançamento do livro "Muito Além do Jardim de Infância"

Esta tarde vou promover o lançamento do meu livro "Muito Além do Jardim de Infância" e o pré-lançamento do livro "Como se Tornar um e-Aluno", que já pode se adquirido no link que se encontra no topo desta página.

Logo depois vou participar de uma mesa-redonda sobre os 10 anos da Internet e da Educação Online no Brasil. Por conta destas atividades não devo conseguir postar mais informações esta tarde. Mas na parte da noite vou tentar colocar alguma coisa a mais no ar aqui, inclusive os slides que faltam.




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Slides da palestra do prof. Marco Silva

- palestra dada hoje sobre Avaliação e Uso de Interfaces em EaD



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Por que evitar falar em "tutor"

Aparici foi questionado sobre os motivos por que evita falar em "tutor". Em síntese, ele explica que em sua origem o tutor em EaD funciona num contexto autoritário, com praticamente todo o poder concentrado na instituição e seu representante, o tutor. Em contraponto ele defende que as relações de poder em EaD precisam ser hoje repensadas e redefinidas, transferindo-se ao aluno o poder até século passado concentrado na instituição e do tutor.

Marcos Silva complementa sugerindo falar-se em "docente" em lugar de "tutor", de modo a evitar permanecer num modelo ultrapassado e autoritário de EaD.




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Um mestrado totalmente online?

Perguntei ao prof. Uli a respeito do MDE - do Master of Distance Education - que sua universidade oferece em parceria com a Universidade de Maryland. Perguntei especificamente o que ele teria a dizer para quem não acredita que um curso totalmente online, como é o MDE, possa ser excelente - como o MDE é reconhecido como excelente.

Em sua resposta Uli foi bastante cauteloso. Em síntese ele procurou reforçar que em condições muito específicas a opção totalmente online funciona. E que, quando esta opção é escolhida, a maneira de se lecionar e conduzir o curso precisa ser totalmente reformulada. O MDE é um sucesso porque investiu e continua investindo muito numa abordagem que cobra compromisso do aluno e exige sua participação de forma ativa. Ele se dirige a um público que não está concentrado num só lugar e por isto eles fizeram a opção por oferecê-lo desta forma totalmente a distância online.




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Palestra de Marco Silva

Fala agora Marco Silva, da UERJ e Universidade Estácio de Sá. Seu tema é "Avaliação e Uso de Interfaces para EaD". Destaques:

- Marco critica o uso da expressão "ferramenta", que seria mais adequada a uma abordagem industrial da EaD, e prefere o termo "interface", que considera mais adequado a uma abordagem pós-industrial.

- "Ambientes virtuais parecem ainda ter inveja da TV". Defende uma abordagem mais apropriada ao virtual, que não estimule a passividade sedentária.

- Propõe uma avaliação participativa, construida em colaboração com o aluno, sendo a palavra do professor parte de um diálogo com o aluno, não uma palavra final.

Vou mais uma vez tentar obter as apresentações em PowerPoint usadas pelos preletores desta manhã.




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Palestra de Roberto Aparici

[11:35h - 12:05h] Fala agora Roberto Aparici, da Argentina sobre "Convergência de Meios, Democracia e Justiça Social na EaD". De início posiciona-se politicamente contra o chamado neoliberalismo em Educação e se coloca numa linha crítica mais à esquerda. Em seguida, questiona o uso do termo "tutoria", dizendo que o próprio uso do termo denuncia uma certa desatualização metodológica. Desafiou-nos a pensar na convergência de mídias com modelos do século XXI, não do século XX, e a fazer EaD para o século XXI.

Infelizmente ele dedicou mais da metade de seu tempo a posicionar-se politicamente, enrolou-se um pouco na operação do computador e do microfone e acabou tendo apenas menos de 10 minutos para falar sobre o tema da palestra.

Talvez no momento destinado aos questionamentos aos preletores teremos oportunidade de ouvir mais dele propriamente sobre o tema.

Um detalhe e uma observação pessoal: foi extremamente aplaudido ao final, com entusiasmo e gritos de "bravo". Talvez tenha sido o preletor mais aplaudido do congresso até o momento. E eu confesso que isto me deixa um tanto desconfiado. Poucas palestras em congressos da ABED foram (impressão pessoal minha) tão vazias de conteúdo sobre o tema proposto. Tive a impressão de que a pregação política inicial serviu de estratégia de sedução de um certo público para funcionar como uma cortina de fumaça para uma palestra mal preparada ou improvisada...






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Portal Aprendiz também faz uma cobertura do congresso

O Portal Aprendiz também acompanha e faz uma cobertura do congresso. É mais uma fonte sobre o congresso para você se manter informado.




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Palestra de Uli Bernath

[11h - 11:30h] Uli e´ alemao e dirige o centro de EaD da Universidade de Oldenburg, instituição que mantém uma interessante parceria com a Universidade de Maryland (UMUC) num mestrado totalmente online em EaD. Destaco de sua fala:

- Uli insiste no que Green colocou no primeiro dia: ele viu coisas muito interessantes no Brasil em EaD, mas quase ninguém sabe no resto do mundo porque brasileiros não publicam seus trabalhos em outros idiomas. Novamente faz o apelo: publiquem pensando também no mundo, nos que não lêem português.

- Em sua fala inicial ele destaca o que considera o elemento-chave para o sucesso em EaD: suporte docente aos alunos.

- No restante de sua palestra, apresenta o EDEN, uma especie de "ABED" européia, que reune as principais universidades a distância européias e promove a cooperação entre profissionais e instituições no continente.

No momento das perguntas vou tentar pedir que ele fale mais sobre a experiência que ele tem com o MDE, um mestrado totalmente online, que tem sido muito bem avaliado e considerado mundialmente.

Em seguida falará Roberto Aparici.






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20.9.05

Outra cobertura do congresso

O site do Núcleo de EaD da UEMG de Passos (MG) está também fazendo uma cobertura especial do que acontece no congresso. O ideal seriam várias pessoas alimentando um ou mais blogs ou sites com informações sobre o congresso, para dar conta de mais coisas.

Esta é mais uma alternativa para você se colocar a par do que está rolando por aqui.



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Apresentações desta manhã

- do prof. Lucio Teles.

- do prof. Moran.

A do professor Miranda eu espero ter aqui ainda esta tarde. Aguardem...



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Palestra do prof. Miranda, Universidade de Chile

[11:30h - 11:55h] Prof. Julio Miranda Vergara fala sobre a implementacao de um curso na modalidade e-Learning - uma experiência de sua universidade e do seu departamento especializadoem e-learning. Destaco desta palestra:

- Miranda apresenta uma idéia muito interessante para caracterizar o público do e-learning. Ele fala em "nativos" e "imigrantes" digitais. Os nativos já vieram ao mundo num contexto de comunicação mediada por computador incorporada ao dia-a-dia. Os "imigrantes" são os que nasceram num outro mundo, anterior à Internet, e precisam agora se adaptar a uma outra cultura, digital.

- um curso semipresencial ainda oferece pontos-de-apoio presenciais que os imigrantes podem usar, mas cursos em e-learning são um grande desafio para quem, por exemplo, ainda telefona para outra pessoa para perguntar "recebeu meu e-mail?". Os desafios de adaptação são maiores para os imigrantes digitais.

- tudo isto desafia o desenvolvimento de estratégias de ensino, material didático, serviços de apoio que atendam aos que estão ainda se adaptando a este novo contexto. E foi o que eles procuraram enfrentar ao implementar o curso nesta modalidade online.

Preciso conduzir o debate com os preletores, mas daqui a pouco volto para disponibilizar os arquivos PPT destas palestras. Até já!




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Palestra do prof. Moran sobre Tendencias da EaD no Brasil

[11h - 11:25h] Agora fala o prof. Moran, da Univ. Sumaré, de S. Paulo, bastante conhecido por sua experiência com educação online e principalmente em transformação de cursos antes exclusivamente presenciais em cursos presenciais. Seu tema é "Tendências na Educação a Distância e Presencial no Brasil". Aqui vão meus destaques a sua fala:

- a grande tendência, para Moran, está nesta passagem do exclusivamente presencial para o semipresencial. E ele percebe que isto está para acontecer e já acontecendo desde a educação escolar, mas sobretudo na superior e já mais avançada na corporativa.

- tal passagem exigirá adaptações de todos os lados: alunos, professores, instituições, processos, legislação, tudo precisará mudar para se adaptar a esta nova realidade.

- uma das vertentes de mudança vai, segundo ele, envolver a forma como aprendemos: deixaremos cada vez mais para trás a pura exposição pelo professor e passaremos cada vez mais para a busca e pesquisa, principalmente compartilhada e colaborativa, em rede, seja em momentos presenciais, seja em momentos a distância online.

- Moran chama a atenção para a necessidade de maior apoio institucional para suportar as mudanças necessárias, para acompanhar a transição do paradigma exclusivamente presencial para o semipresencial.

Finaliza dizendo que, como toda mudança em Educação, esta é uma mudança lenta, gradual, que será provavelmente intensificada com a chegada de novas gerações de alunos e professores que já nasceram na era da Internet. Mas que os primeiros passos precisam ser dados agora, com coragem e ousadia. Incentiva mais pesquisa e experimentação de nós, a geração que está com a mão na massa neste momento.






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Palestra de Lucio Teles, Brasil/Canada

[10:35h - 11h] Neste momento estou na mesa do auditório do congresso, conduzindo a sessão plenária desta manhã. Mas ainda assim anoto as palestras para vocês.

Neste momento fala Lucio Teles, da Univ. Simon Fraser, Canada, brasileiro de nascimento, e um dos pioneiros da Educação Online naquele país, co-autor de "Redes de Aprendizagem", hoje um clássico da Educação Online. Sua palestra tem como tema "Aprendendo com Jogos Online" e dela destaco:

- Lucio lembra um software de simulação usado em um curso de dança da universidade Simon Fraser, em que os alunos podem experimentar coreografias antes de exercitá-las e colocá-las em prática, um software desenvolvido para um curso a distância mas que se revelou tão bom e tão produtivo que passou a ser adotado no curso presencial.

- neste momento ele está envolvido num programa de utiliza jogos e simulações em cursos na área de saúde, o projeto SAGE, cujo endereço ele fornece na apresentação em PowerPoint. O programa já tem 2 anos de desenvolvimento e inclui pesquisa sobre a eficácia do uso de jogos e simulações em ambientes virtuais de aprendizagem.

- descreve um interessante jogo de sobrevivência que ajuda um grupo de alunos a tomar decisões coletivamente a distância, discutindo alternativas etc.

- termina incentivando a realização de estudos e pesquisas para aperfeiçoar a qualidade do uso de jogos e simulações em EaD.

Hoje acho que conseguirei cumprir a promessa que fiz, de disponibilizar através deste blog cópias dos arquivos em PowerPoint das apresentações dos preletores. Assim que eu concluir a condução dos trabalhos desta manhã vou me concentrar nisto.






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19.9.05

Fotos e arquivos das palestras

Fiquei de disponibilizar aqui os arquivos das apresentações dos preletores. Mas infelizmente ainda não consegui obter. Eu imaginava que os responsáveis pela operação do data show teriam copiado os arquivos, mas me surpreendi ao descobrir que não. Preciso agora localizar os preletores e pedir a eles que me passem seus arquivos.

Por enquanto, deixo aqui cópia da apresentação de Miguel Armengol. Prometo tentar obter as demais.

Quanto a fotos... Bem, eu até que trouxe máquina fotográfica mas... esqueci o cabo! Bem, também prometo correr atrás de mais fotos do congresso. Por enquanto deixo esta foto que documenta o exato momento em que eu redigia esta nota, no stand da iSat.






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Atividades da tarde no congresso

A parte da tarde na programação é reservada para apresentações simultâneas de trabalhos científicos. São muitos trabalhos - 200 no total. No site da ABED a partir da próxima semana estes trabalhos deverão ficar disponíveis. Há temas muito interessantes. Eu tentei e consegui com muita dificuldade entrar numa sala onde 2 trabalhos bastante concorridos foram apresentados: "Das salas de aula aos ambientes virtuais de aprendizagem", de Vani Kenski, e "Tutoria em cursos pela Internet", que sintetizou a dissertação de Mirela Malvestiti, do SEBRAE, sobre a atuação de tutores em cursos online. A sala estava abarrotada de gente, pessoas se acotovelando na porta para ouvir.

Numa outra sala, Ricardo Rodrigues, agora no IESB, apresentou uma avaliação da implantação de atividades não-presenciais em cursos de graduação. Depois do coffee-break apresentações diversas segmentadas por áreas (educação corporativa, ensino básico, universidades etc). É um momento de profusão de atividades que a gente não consegue dar conta.

E aqui entra uma coisa que eu acho que precisa ser estimulada nos congressos da ABED: nesta faixa de horário é que a gente percebe as limitações das atividades síncronas. Eu gostaria de ter acompanhado a exposição de alguns trabalhos, mas tive que escolher outros porque eram no mesmo horário. E como são muitos trabalhos, não abre-se tempo para discussão, o tempo não dá para isto.

Congresso não podia durar apenas 3 dias. Tinha que durar um mês: uma ou duas semanas para discussão de trabalhos científicos, uma semana para debater com os keynotes, e uma semana para as atividades presenciais, no meio. Ano passado eu cheguei a coordenar isto, mas foram relativamente poucos os inscritos, pouca a divulgação.

Para o ano que vem, que o congresso será do ICDE, vamos ver se a gente consegue convencer a fazerem isto. O congresso poderia ser ainda mais bem aproveitado assim, não acham?




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Palestra do prof. Miguel Casas Armengol, da Venezuela

[11:50h - 12:20h] Sua palestra tem como título "Universidade a Distância e as Transformações da Sociedade Latino-americana". Destaco da palestar:

- a maneira como as universidades se organizam e funcionam hoje não atende ao que a sociedade do conhecimento requer. O conhecimento hoje funciona em rede, de forma interdisciplinar, e nas universidades o conhecimento se organiza em disciplinas que muitas vezes não se interconectam umas com as outras.

- a globalização como fenômeno mais cultural que econômico desafia as universidades a promover a um só tempo a integração do conhecimento e a produção integrada do conhecimento.

- a quarta e a quinta geração (com redes de comunicação e com modelos flexíveis de aprendizagem) é que representam uma significativa mudança em EaD.

Termina apresentando o mapa conceitual da Educação a Distância como deve funcionar, segundo ele, na sociedade latino-americana hoje. Ainda hoje neste blog publicarei o arquivo PowerPoint que contém este mapa.




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O Futuro da EaD segundo Kenneth Green

[11:20h - 11:50h] O subtítulo da palestra de Kenneth Green sobre "O futuro da EaD" já dá o seu tom: "quanto mais as coisas mudam...", e a gente completa mentalmente, "mais ficam do mesmo jeito". Destaques:

- na história da educação superior são recorrentes ciclos de inovação que provocam reações, entre elas o medo frente ao novo - e neste momento EaD é o novo que amedronta.

- depois de uma primeira onda de expansão da EaD, na qual se torraram milhões de dólares, uma segunda onda mais cautelosa está em andamento. Este crescimento atual é acompanhado por complexificação e diversificação da educação superior, tornando previsões e planejamentos coisas mais complicadas e desafiadoras.

- um dos principais desafios hoje não é mais "como evitar erros", mas sim "como fazer melhor". Foco na qualidade e na contínua conquista de mais qualidade.

E conclui dizendo que viu coisas muito interessantes de EaD no Brasil, mas infelizmente ninguém mais sabe disto no mundo, porque brasileiros publicam pouco em inglês. Inglês é, gostemos ou não, a língua franca da EaD no mundo. Deixou-nos o apelo: "por favor, publiquem em inglês".

(Quando terminar esta sessão vou tentar obter os arquivos PowerPoint usados pelos preletores para disponibilizar aqui).




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Palestra de Jaime Valenzuela (Univ. de Monterrey, Mexico)

[10:50h - 11:20h] Fala agora Jaime Valenzuela, da Universidade Monterrey, do Mexico, sobre "cenários, experiências e lições aprendidas na formação de professores". Seu foco está no chamado "e-training", na formação de professores para atuarem como professores em e-learning.

De sua palestra, destaco os seguintes pontos:

- considera um paradoxo a formação presencial de professores para EaD.

- a formação requer do professor dedicação de tempo, mas muitas vezes as instituições não concedem ao professor este tempo.

- uma das lições aprendidas: não dá certo capacitar professores sem alinhá-los ao modelo pedagógico dos cursos que irão conduzir ou acompanhar alunos. Não se capacita em geral: capacita-se num modelo pedagógico e é preciso tomar consciência disto.

- outra lição muito importante: aprendizagem vicária, por observação de outros professores atuando a distância, é uma forma muito positiva de aprendizagem para formação de professores para EaD.

- formar comunidades de prática, comunidades virtuais de professores, pode ser uma excelente forma de promover capacitação e formação contínua e permanente para EaD.

Prof. Valenzuela termina defendendo uma idéia bem interessante: diplomas e certificados com prazo de validade, que caducam em "x" anos, como uma maneira de incentivar a formação continuada e permanente.

Em seguida fala Kenneth Green, responsável pelo campus computing report. E sintetizarei sua palestra para vocês aqui em seguida. Até daqui a pouco!




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18.9.05

Dos discursos de abertura do congresso

Entre falas protocolares e uma mais extensa do que se esperaria de uma autoridade numa mesa de abertura, prof. Litto em sua fala destacou um levantamento que Andrea Fillatro vem conduzindo sobre os trabalhos científicos apresentados nos congressos da ABED, mostrando os tipos de temas que estão sendo pouco tratados e que merecem ser mais explorados. E anunciou o congresso do ano que vem, que será internacional, promovido pelo ICDE (International Council for Distance Education), de 3 a 6 de setembro. O site do congresso já pode ser acessado em <http://www.icde22.org.br>.

Os homenageados e os premiados (prêmio de excelência) estão listados no site do congresso (link no alto desta página).

A palestra do prof. Ronaldo Mota, secretário de EaD do MEC, esboçou um histórico da Educação a Distância no contexto da história da Educação no Brasil e apresentou os projetos de Educação a Distância do MEC. Anunciou a futura constituição de um banco público de objetos de aprendizagem com o apoio do MEC. E o TV Escola na Internet, disponibilizando os programas do TV Escola na web. A apresentação da Universidade Aberta do Brasil acabou ficando apertada por conta do avançado da hora.

O atraso provocado pelo minusculo grupo de estudantes acabou cansando a todos. O coquetel de abertura foi transferido para amanha. Enfim, chego a um fim de domingo exausto.

Amanhã envio novidades provavelmente a partir do final da manhã.




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Finalmente começa a cerimônia de abertura

Os talentosos e criativos estudantes que até há pouco impediam o início da cerimônia de abertura foram embora. O congresso pode continuar. Fala agora o prof. Litto. E começa trazendo uma informação: já são mais de mil inscritos. Pode vir a ser o maior congresso da história da ABED.

No final da noite darei uma nota geral sobre os discursos de abertura.




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Movimento estudantil hoje é isto?

Agora uma dupla de alunos ocupa lugar no palco para encher a paciencia de quase mil pessoas. O movimento estudantil um dia já foi coisa inteligente e criativa. Já teve oradores mais competentes. Tem um passado que dá orgulho ao país. Hoje produz espetáculos como este.

Talento faz falta...




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"Mas que terror, educação por computador"

É o que diz um grupo de estudantes da UFSC neste momento no auditório momentos antes da cerimônia de abertura do congresso da ABED. Seria a tal "vanguarda do atraso"? Enfim, esta turma parece ser mesmo uma brasa, mora? É isso aí, bicho! :-)

Com isto a cerimônia de abertura deverá mesmo atrasar.






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Encontro com o prof. Ronaldo Mota, secretário de EaD do MEC

Agora à tarde passamos 1h conversando com o prof. Ronaldo Mota sobre a minuta de decreto de regulamentação da EaD e sobre a Universidade Aberta do Brasil.

Prof. Ronaldo Mota lembra a origem da UAB: ela surge do Fórum de Estatais pela Educação, e aplica recursos oriundos das estatais que por lei precisam aplicar tais recursos em programas federais. Por isto a UAB precisa ter o envolvimento de universidades federais, especialmente por razões estratégicas. Argumenta o prof. Mota que a ampliação para todas as universidades entravaria o processo de criação da UAB.

Pessoalmente saio deste encontro do CPD com uma sensação ligeira de frustração. As informações que circularam através da imprensa inicialmente sugeriam a idéia de uma universidade, uma instituição "single-mode" dedicada à Educação a Distância", que desenvolveria parcerias com outras instituições diversas, públicas ou não. E o que se confirma é uma proposta um pouco menos ousada, na verdade uma estrutura de viabilizacao de consórcios de universidades públicas "dual mode", que fazem tanto educação presencial tradicional quanto EaD.

Não será desta vez que veremos surgir uma mega-universidade a distância brasileira, tal como possuem outros países, como a Inglaterra, Índia, China, Turquia etc. De qualquer forma, considero a UAB um significativo avanço que contribuirá para a expansão da EaD no Brasil.






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Apresentação do prof. Hélio Chaves, da SEED/MEC

Cópia da apresentação (em PowerPoint) do prof. Hélio Chaves na 5ª reunião do CPD pode ser obtida aqui.



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Projeto da Universidade Aberta do Brasil (versão agosto de 2005)

Aqui se encontra a versão mais recente do projeto da Universidade Abertao do Brasil, de fins de agosto de 2005.



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Abrindo a cobertura do congresso

Bom dia!

Estou aqui no Jurere Beach Hotel em Florianopolis acompanhando a reuniao
do 5o. CPD - Comite Permanente de Dirigentes de Instituicoes de EaD. O
tema desta reuniao e:

Universidade Aberta
Reforma Universitaria e
Gestao de EaD

Pela manha esta conosco o prof. Helio Chaves, que a partir de 2a feira
assume a diretoria de politicas publicas da Secretaria de EaD do MEC. No
final da tarde teremos um debate com o prof. Ronaldo Mota, Secretario de
EaD do MEC.

Num primeiro momento pudemos questionar com o prof. Helio a minuta de
decreto que esta na Casa Civil, especialmente os aspectos relativos a
territorialidade - o decreto preve um credenciamento federal para cursos
a distancia de nivel basico para jovens e adultos que visem atender
alunos em outros estados que nao o seu de origem. O centralismo que o
decreto parece favorecer foi criticado por muitos presentes.

No segundo momento, prof. Helio apresentou brevemente o projeto da
Universidade Aberta do Brasil (UAB). O modelo de consorcios, como o do
CEDERJ (o consorcio de EaD do Rio de Janeiro), e' o modelo adotado na
UAB, aproveitando os recursos que as empresas estatais obrigatoriamente
precisam aplicar em projetos socio-ambientais. E o projeto piloto e' o
de um curso de graduacao em Administracao de Empresas (para 3 mil alunos
no primeiro vestibular em janeiro de 2006) que tem como referencia o
projeto do curso do CEDERJ. O piloto ja' esta' em andamento com previsao
de inicio da capacitacao dos tutores para outubro e de preparacao dos
alunos para o vestibular para dezembro.

Os diplomas de graduacao serao emitidos pelas unversidades participantes
dos consorcios. Apenas os de especializacao lato sensu serao emitidos
pela fundacao que sera a mantenedora da UAB (AFUAB - Associacao de
Fomento a UAB). Ou seja, a UAB nao sera' mais uma universidade, mas uma
entidade fomentadora da educacao superior a distancia que tambem
emitira' certificados de pos-graduacao, utilizando recursos ja'
existentes nas universidades.

Tivemos oportunidade de perguntar e solicitar esclarecimentos sobre o
projeto da UAB. Eu mesmo perguntei sobre dois pontos que considero
fundamentais: pesquisa e tutoria. E, pelo que entendi, percebo que os
grandes nos que seguram o avanco de projetos de EaD de envergadura nao
me parece que serao desfeitos: a contratacao de tutores ficara' a cargo
das universidades publicas consorciadas e a pesquisa sera' incentivada
por meio de um projeto mais amplo de incentivo a pesquisa em varias
areas consideradas estrategicas pelo MEC, entre elas estara' a EaD.

Outro aspecto que foi questionado foi a restricao da iniciativa a
universidades publicas. E o prof. Helio respondeu lembrando que o
projeto preve parcerias publico-privadas (PPP) para o futuro, mas que
por uma questao estrategica escolheu-se trabalhar com universidades
publicas a principio.

Agora vamos suspender o encontro para o almoco. No final da tarde
postarei aqui uma sintese da conversa com o secretario de EaD do MEC,
prof. Ronaldo Mota.




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